Meeting Brasil cresce de acordo com a necessidade de transformação do mercado

As próximas edições do evento, que busca fomentar o turismo nacional pela América do Sul, acontecem entre os meses de Julho e Agosto

Com o objetivo de divulgar e enaltecer o turismo brasileiro, Jair Pasquini, diretor de negócios da Expan Mais – Inteligência em Turismo, e idealizador do Meeting Brasil, conta de onde surgiu a ideia desse grande projeto que roda vários países, promovendo o Brasil. Além disso, o executivo explica um pouco mais sobre como ele escolhe os lugares e como é a mecânica de trabalho para que todos os eventos recebam o maior número de operadores e agentes de viagem.

O que é e de onde surgiu a ideia do Meeting Brasil? 

Jair Pasquini: Ha vários anos, quando realizávamos apenas a promoção do Brasil de forma interna e, com a transformação do mercado e percebendo que deveríamos ir além da promoção de produtos através das feiras de negócios, percebemos a necessidade de aproximar melhor compradores e vendedores, estreitando relações comerciais para a geração de novos negócios.

Qual a importância do mercado latino para o segmento de viagens no país?

Jair Pasquini: Com a percepção sensível da melhoria socioeconômica de países vizinhos aos nossos, como Chile, Uruguai e Peru, nós percebemos que era necessário nos aproximar mais destes países, tão próximos de nós, e que tão pouco era feito para a promoção do Brasil. A cada ano este mercado vem crescendo de forma expressiva e, com a melhoria da malha aérea e a promoção de alguns destinos turísticos, vimos que devemos sim aproximar mais e mais produtos, como hotéis, receptivos e atrativos turísticos para este mercado que tem buscado novos destinos brasileiros, além dos já conhecidos como o litoral sul do Brasil.

Por que o RN? Existem outros estados interessados em promover seus atrativos e parceiros comerciais para mercados como Argentina, Chile, Uruguai, entre outros? Indique.

Jair Pasquini: Sim, e sabemos que a maioria dos estados brasileiros tem potencial e já estão prontos para realizar a promoção de seus produtos nestes países, lamentavelmente nem sempre conseguem por conta de entraves burocráticos. Além do Rio Grande do Norte, temos projetos para a Bahia, Mato Grosso, Sergipe, Santa Catarina e Espírito Santo.

Qual o resultado mensurável deste projeto?

Jair Pasquini: Ele torna-se mensurável quando passamos a ter números concretos. Pois este formato, além de aproximar os interessados (vendedores e compradores), muitos já saem com o “pacote” pronto e comercializado. Pois este formato não é apenas de promoção e sim de geração de novos negócios, pois eles não recebem apenas uma panfletagem promocional do seu produto.

Você acredita que o formato é fundamental ou complementar na formação dos agentes estrangeiros?

Jair Pasquini: Sem dúvida alguma que sim, pois lamentavelmente existem mercados que visitamos que temos que abrir o mapa do Brasil e mostrar onde fica o destino X ou Y e o que ele oferece. O Brasil é muito amplo e tem muitos produtos diferentes, pois não podemos falar da mesma forma que se fala do litoral Catarinense, por exemplo, com o litoral do Nordeste ou Paulista. São características diferentes que é preciso apresentar ao agente de viagem e ao operador, através de capacitação, e apresentar os diferencias que cada um tem.

A capacitação funciona em via dupla, ou seja, é possível medir os ganhos “não somente financeiros” junto ao mercado brasileiro?

Jair Pasquini: Sim é possível, pois não se trata apenas de promoção do destino e ou produto. O Agente de viagem e/ou operador, “vivenciará” o produto que ele comercializará na capacitação, por tratar-se de produtos diferentes com suas características próprias, não podemos “nivelar” por igual o litoral brasileiro, sua gastronomia ou mesmo a cultura, e o papel da capacitação é este, apresentar ao agente de viagem o diferencial de cada produto, não ficando limitado a apenas a uma folhetearia que ele estaria recebendo em uma feira de turismo.

Você já pensou em levar o Meeting Brasil para outros mercados como Estados Unidos ou Europa?

Jair Pasquini: Estamos estudando, não só propostas e convites recebidos, mas não basta arrumar as malas e sair sem rumo ou sem saber o que irá fazer. Se temos realizado estas ações comerciais nestes países, no total já fomos em seis países e em nove cidades fora do Brasil, foi através de pesquisa de demanda de mercado, percepções das necessidades que estes países tem junto a análise de mercado e PIB de cada país nos próximos anos. Desta forma, se abrirmos novos mercados, já houve um estudo anterior com análise detalhada se realmente é viável investimos neste mercado,  para que os empresários que aderem a esta proposta tenham retorno financeiro a médio e a longo prazo. Não realizamos ações imediatistas sem pensar no retorno financeiro que o empresário terá ao participar conosco destas ações.

O evento ganhou corpo de 2017 para cá. Cresceu quanto? O que mudou? 

Jair Pasquini: A partir do momento que decidimos cuidar de forma exclusiva do MEETING BRASIL, antes chamava-se apenas RODADA DE NEGÓCIOS, realizando estudos de mercado e demanda de cada cidade e ou país, consegui ver onde poderíamos crescer e trabalhar de forma mais séria e eficaz. Antes de 2016, realizamos apenas ações comerciais em países e cidades que já eram “explorados” pelo mercado brasileiro, nos limitando somente a Argentina e no máximo no Chile. Em 2017 realizamos nove ações comerciais em cinco países, e para este ano estaremos realizando 14 eventos fora do país. Uma das grandes mudanças destas ações comerciais, além da rodada de negócios e capacitações, são as reuniões de reconhecimento de produto, que acontece durante cada evento.

Quais as datas das próximas edições? 

Jair Pasquini: O MEETING BRASIL promoverá o Brasil com seus produtos e destinos turísticos de todas as regiões do Brasil no dia 31/07 na cidade de Montevideo no Uruguai, 02/08 em Santiago no Chile, 07/08 em Lima no Peru e por fim no dia 09/08 na cidade de Bogotá, na Colômbia.

Para finalizar: Se “eu” fosse te apresentar o Meeting Brasil, o que seria mais interessante de te dizer para que você participe dessa missão comercial? 

Jair Pasquini: São vários pontos importantes, além de conseguir um número expressivo de operadores de Turismo de cada país em um único local e com um curto período de tempo (e já sair com o mailling deles completo). Você terá a oportunidade de realizar contato comercial e negociações com profissionais de turismo que estão com o interesse de realizar negócios com o seu produto. Pois, a única coisa que está impulsionando ele a participar é conhecer novos produtos, receber formação dos mesmos e realizar negócios com ele. Basta pensar de quanto tempo e dinheiro eu teria que gastar (investir) para me reunir com no mínimo 20 operadoras de turismo e aproximadamente 120 a 180 agências de viagem (quanto tempo eu levaria para visita-los em cada agência de viagem). Também vale ressaltar que não podemos ficar “presos” a apenas um mercado, qualquer que seja, o brasileiro ou o argentino. Temos que nos tornar conhecidos em todos os mercados próximos aos nossos, assim não correremos o risco da sazonalidade de um ou outro mercado.

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